Existem livros que nos caiem nas mãos, como se estivéssemos destinados a lê-los. É o caso deste livro.
E isto porquê? Já algum tempo, que ando estudando a teoria da relatividade de Einstein assim como a sua exequibilidade e adaptabilidade no que confere à grande ciência que é, a minha mui nobre Psicologia. Física e Psicologia estão em comunhão enquanto ciências na descoberta dos mistérios guardados pela Mente e pelo Universo.
Este livro, é muito rico em fontes de vários saberes e ciências, naquilo que é normalmente chamado de eclética. É uma abordagem eclética que deve ser tomada quando o principal objetivo é o descodificar, e resolver os mistérios inerentes à Mente e ao Universo. E é por isso, um livro aliciante para quem tem curiosidade pela Mente ou pelo Universo.
Michio Kaku tem uma escrita simples, directa na explicitação de construtos desconhecidos do senso comum. Com esta escrita simples, cativa completamente o leitor, ora vejamos, logo as primeiras frases da Introdução deste livro: "EM TODA A NATUREZA, os dois maiores mistérios são a mente e o Universo. Com a prodigiosa tecnologia de que dispomos, conseguimos fotografar galáxias a milhares de milhões de anos-luz de distância, manipular os genes que controlam a vida e investigar o santo dos santos do átomo. Mas a mente e o Universo continuam a confundir-nos e a escapar-nos. São as fronteiras da ciência mais misteriosas e fascinantes que se conhecem."
Das noções descritas e refletidas ao longo deste livro, fico com a necessidade de realçar nesta minha opinião a minha preocupação com o avanço da tecnologia e as repercussões directas e nefastas que causariam por sua vez, na civilização são elas (citando Joy e Michio Kaku):
- "Um dia, germes criados por bioengenharia poderão escapar-se do laboratório e lançar o caos no mundo. Como não é possível recapturar tais formas de vida, esses germes poderiam reproduzir-se descontroladamente e lançar sobre o planeta uma peste mortífera, pior do que as da Idade Média. A biotecnologia pode mesmo alterar a evolução humana, criando «várias espécies distintas e desiguais (...) que ameaçariam o conceito de igualdade, que é a pedra angular da nossa democracia». "
- "Um dia, os nano-robots poderão enlouquecer e começar a cuspir quantidades disparatadas de «praga cinzenta», que cobrirá a Terra, sufocando tudo o que vive. Uma vez que esses nano-robots «digerem» matéria comum e criam novas formas de matéria, nano-robots descontrolados poderiam gerar o caos e digerir boa parte da Terra. «A praga cinzenta seria sem dúvida um triste fim para a aventura humana cá na Terra, muito pior do que o fogo ou o gelo, um fim com origem num simples acidente de laboratório, Ups!», escreveu Joy."
- "Um dia, os robots assumirão o controlo e substituirão a Humanidade. Tornar-se-ão tão inteligentes que irão relegar a Humanidade para segundo plano. E nós passaremos a ser uma nota de rodapé na evolução. «Os robots não seriam, de modo algum, os nossos filhos. (...) Seguindo este caminho, a nossa humanidade poderia muito bem perder-se», escreveu ainda Joy."
Acredito, por isso que é muito importante criar-se comissões de ética para que a investigação nestes domínios nunca ultrapassem os limites impostos, e por sua vez protejam a espécie humana de se autodestruir.
Leiam o livro :)
Para mais informações sobre o livro: http://www.editorial-bizancio.pt/novidades.php?col=14&id=562
